Hidrocefalia

A hidrocefalia é uma condição na qual o líquido cefalorraquidiano, o líquido claro que envolve o cérebro e a medula espinhal, se acumula dentro de cavidades cerebrais chamadas ventrículos. O acúmulo de líquido faz com que os ventrículos aumentem e a pressão dentro da cabeça aumente. Essa pressão pode danificar os tecidos cerebrais e prejudicar a função cerebral.

O líquido cefalorraquidiano é continuamente produzido dentro dos ventrículos do cérebro. Ele protege o cérebro de lesões, ajuda a fornecer nutrientes ao cérebro, remove resíduos e desempenha um papel importante no fluxo sanguíneo cerebral. Normalmente flui através dos ventrículos para os espaços ao redor do cérebro e da medula espinhal e é então absorvido pela corrente sanguínea, principalmente pelos vasos sanguíneos nos tecidos próximos à base do cérebro. O líquido cefalorraquidiano pode se acumular nos ventrículos devido à superprodução, má absorção ou obstrução.

Informação adicional

Quão comum é a hidrocefalia?

Mais de 1 milhão de pessoas nos Estados Unidos vivem com hidrocefalia. É o motivo mais comum para cirurgia cerebral em crianças.

Quem pode ter hidrocefalia?

A hidrocefalia pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum entre bebês e adultos mais velhos.

A hidrocefalia presente ao nascimento (congênita) ou logo após o nascimento pode ser causada por anomalias genéticas ou problemas que ocorrem durante o desenvolvimento fetal.

Outras causas de hidrocefalia incluem:

Tumores

Doenças do sistema nervoso central, como meningite

Sangramento no cérebro (hemorragia)

Lesões cerebrais traumáticas

Como a hidrocefalia é diagnosticada?

Além de exames físicos e neurológicos, seu médico pode usar qualquer um dos seguintes testes para diagnosticar hidrocefalia:

Exame de ressonância magnética

Tomografia computadorizada

Ultrassonografia

Punção lombar (punção lombar)

Técnicas de monitoramento de pressão

Sintomas de hidrocefalia

Os sintomas da hidrocefalia variam de acordo com sua idade, a quantidade de danos ao cérebro e a causa do acúmulo de líquido. O sintoma mais óbvio de hidrocefalia em uma criança é o aumento anormal da cabeça. Crianças mais velhas e adultos podem apresentar sintomas diferentes porque seus crânios não podem se expandir para acomodar um acúmulo de líquido cefalorraquidiano.

De um modo geral, os sintomas de hidrocefalia podem incluir:

Nausea e vomito

Dores de cabeça

Sonolência

Irritabilidade

Problemas de visão

Desvio para baixo dos olhos

Dificuldade em caminhar / distúrbios da marcha

Problemas cognitivos, incluindo perda de memória

Perda do controle da bexiga ou necessidade frequente de urinar

Convulsões

Tratamentos para hidrocefalia

O tratamento da hidrocefalia geralmente consiste na inserção cirúrgica de um sistema de shunt. Ele consiste em um tubo flexível denominado cateter, que é equipado com uma válvula que regula o fluxo do líquido cefalorraquidiano. O sistema de shunt desvia o fluxo do líquido cefalorraquidiano do sistema nervoso central para outra área do corpo onde pode ser absorvido, como o abdômen.

Uma terceira ventriculostomia endoscópica é outra opção de tratamento para algumas pessoas. Nesse procedimento, um neurocirurgião usa uma pequena câmera de vídeo chamada neuroendoscópio para ver o interior do cérebro e, em seguida, cria um orifício no assoalho do terceiro ventrículo, permitindo que o líquido cefalorraquidiano contorne uma obstrução e saia do cérebro.

Procure um neurocirurgião para maiores esclarecimentos.

Fonte: adaptado de barrowneuro.org 

Neurocirurgião - Prof. Dr. Eberval Gadelha Figueiredo

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Eberval Gadelha Figueiredo, Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (2021-2022), Diretor de Relações Internacionais (2023-2024), neurocirurgião formado pela Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (USP). Tem especialização em Microcirurgia no Barrow Neurological Institute, EUA. Doutorado (PhD) em Neurocirurgia pela Faculdade de Medicina Universidade de São Paulo. Chefe do Grupo de Neurocirurgia vascular da Divisão de Clínica Neurocirúrgica do HCFMUSP. Supervisor da Divisão de Clínica Neurocirúrgica do HCFMUP (2007-2013). Professor de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo desde 2013. Coordenador da Residência medica em Neurocirurgia do HCFMUSP (2013-2015). Coordenador da Pós Graduação do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo (2015- 2019). Coordenador do Instituto do Cancer de São Paulo (ICESP). Editor Chefe do Brazilian Neurosurgery, revista cientifica oficial da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia desde 2011. Membro Associado da Harvard Medical School e Harvard University Alumni. Tem experiência na área em Neurocirurgia, atuando principalmente nos seguintes temas: neurocirurgia minimamente invasiva, tumores cerebrais, coluna vertebral, hipófise, neurotraumatologia, aneurismas, hidrocefalia, malformações e cirurgia de base do crânio. Tem vários artigos publicados em revistas internacionais e livros publicados no Brasil e no exterior. É palestrante em inúmeros congressos nacionais e internacionais.

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