O aneurisma cerebral é um distúrbio cerebrovascular comum causado por uma fraqueza na parede de uma artéria cerebral. O distúrbio pode resultar de defeitos congênitos ou de condições preexistentes, como doença vascular hipertensiva e aterosclerose (acúmulo de depósitos de gordura nas artérias), traumatismo craniano ou infecções. Os aneurismas cerebrais ocorrem mais comumente em adultos do que em crianças e são ligeiramente mais comuns em mulheres do que em homens, porém podem ocorrer em qualquer idade. Quando um aneurisma se rompe, o indivíduo pode sentir sintomas como dor de cabeça súbita e geralmente severa, náusea, deficiência visual, vômito e perda de consciência, ou o indivíduo pode ser assintomático e o aneurisma diagnosticado incidentalmente. O início geralmente é repentino e sem aviso prévio. A ruptura de um aneurisma cerebral é perigosa e geralmente resulta em sangramento no cérebro ou na área circundante, levando a um hematoma intracraniano (uma massa de sangue dentro do crânio). Também podem ocorrer hidrocefalia (acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano), vasoespasmo (espasmo dos vasos sanguíneos) com infarto cerebral.
As cirurgias de aneurismas cerebrais por técnicas minimamente invasivas são realizadas usando tecnologias avançadas. Comparadas à cirurgia aberta, as técnicas minimamente invasivas causam menos lesões, diminuem o trauma cirúrgico, reduzem a necessidade de transfusão de sangue, diminuem o tempo de anestesia e proporciona melhores resultados estéticos.
As malformações consistem em pequenos vasos sanguíneos sem envolver tecido cerebral. A maioria das pessoas que têm, já nasceu com elas e pode haver uma predisposição genética. As malformações podem ser assintomáticas e em alguns casos, há sintomas de sangramento que resultam em dores de cabeça, derrames (infartos cerebrais ou hemorragia) ou convulsões que são melhores diagnosticados por exames de imagem (e.g., ressonância magnética). O tratamento envolve ressecção microcirúrgica usando técnica cirúrgica meticulosa e tecnologia adjuvante, inclusive com monitoração da função neurológica em tempo real.
Os cavernomas são aglomerados anormais de vasos com pequenas bolhas (ou cavernas) cheias de sangue que os fazem parecer uma cereja. Eles podem ocorrer no cérebro e na medula espinhal. Os cavernomas variam de tamanho e localização, desde microscópicos até várias centimetros de diâmetro. Diferentemente das malformações, há pouco fluxo sanguíneo. Como as paredes dos cavernomas são frágeis, o sangue pode vazar. Embora um angioma cavernoso possa não afetar a função, ele pode causar convulsões, sintomas decorrentes de hemorragias e dores de cabeça e acometer uma em cada duzentas pessoas. Os cavernomas profundos são particularmente difíceis de ressecar e requer experiencia e técnica cirúrgica apurada, auxiliada por tecnologia de neuronavegação e monitoração neurológica em tempo real.